A beatlemania dos nossos tempos

Fazendo (ou pelo menos tentando fazer) uma faxina em minhas comunidades do Orkut, comecei a procurar algumas que refletissem meus interesses mais recentes. Achei a comunidade da Farm Rio, a marca carioca mais queridinha do momento. Imediatamente após me juntar ao grupo das fãs da marca lá, já notei uma atualização recente. Dez minutos depois, outra. Era, de longe, a comunidade mais movimentada da minha lista. Fiquei impressionada com essa movimentação e comecei a realmente abrir os posts no fórum pra saber sobre o que essas fãs de Farm estão conversando tanto. Claro que as conversas não seriam muito diferentes de “procuro peça tal da coleção tal” e “alguém sabe quando chega a peça tal?” ou ainda sobre algumas questões referentes à atendimento, preços, etc.

O interessante é que são consumidoras extremamente antenadas e com um foco bastante preciso. E a mobilização das informações sobre a Farm entre elas é fantástica! Saber os quando, quanto, como e onde da Farm Rio se tornou uma questão quase religiosa, as discussões ficam super acaloradas vez ou outra e algumas podem até descer do salto pra trocar umas bifas virtuais com outras mocinhas. Claro que nossa geração vive tempos de consumismo exacerbado, isso estamos todos carecas de saber, mas eu não imaginava que tinha TANTA gente interessada em conversar TANTO ASSIM sobre seus hábitos de consumo preferidos. De fato, lá estava eu, procurando mais informações sobre uma marca que adoro. Mas é quase natural, quando essa é minha área de formação. Mas a diferença é que quem alimenta e faz girar as engrenagens daquela comunidade no Orkut são consumidoras apaixonadas, pura e simplesmente. São elas que querem falar da coisa, sofrer por antecipação com a espera de uma nova coleção, etc. A moda é a beatlemania dos nossos tempos. Consumir é a beatlemania dos nossos tempos. Nossos ídolos são peças penduradas em cabides ou em modelos atravessando uma passarela. E é isso. Uns são fãs do NX Zero, outras do Justin Timberlake, outros da Sandy e outros da Farm. Ou da Chanel. Ou da Stella McCartney. Ou whatever. Ficamos histéricas por roupas, sapatos, bolsas… Eu mesma quase não consigo me controlar ao ver um Mary Jane reluzente numa vitrine. Vícios? Pois é, salve-se quem puder.

PS.: A minha sorte dada pelo oráculo do Orkut hoje: “Você vai ganhar roupas novas.”  Por favor, tem como ser da Farm, seu Oráculo?

Porque eu sou uma diva!

Juro, preciso de uma dessas na minha vida. Uma diva nunca estará completa sem sua banheira. Nada daquelas hidromassagens com cara de motel, não! Banheira de diva tem que ser banheira vitoriana, banheira eduardiana… a dica é vir adjetivada com o nome de algum fulano real, aí você sabe que está no caminho certo.