A noiva magra

Tenho vários amigos que toda vez que me perguntam do casamento, perguntam assim: “E aí, tá tudo em cima pro casamento? Tá emagrecendo?” A minha primeira reação é de riso, depois de raiva. Mas eu acabo sempre respondendo a mesma coisa: “Sim, estou.” E eu estou mesmo, mas não é aquele tipo de emagrecimento que vai me transformar da água pro vinho ou da antiga Jennifer Hudson pra nova Jennifer Hudson, infelizmente.

Fato é que eu sempre fui gordinha, desde que me entendo por gente. Nunca foi fácil pra mim manter o peso. E, apesar de não gostar dessa condição, não é porque eu fiquei noiva que isso tudo iria mudar do dia pra noite. Claro que eu gostaria de me casar com o corpo da Gisele Bundchen, mas isso é para poucas, sejamos realistas. Estou tentando levar uma vida menos sendentária (o que é a parte mais difícil) e estou tentando adotar uma dieta equilibrada. Mas essa pressão de ser uma noiva magra está começando a me dar nos nervos. Não quero emagrecer de nervoso! Também não quero me sentir uma noiva feia só porque eu tenho mais gordura corporal do que as noivas magras. Isso é tão relativo! Tô cansada de ver meninas magras e bonitas que quando se vestem de noiva tem a incrível capacidade de virarem verdadeiros dragões (sombra branca ou prateada – ARGH! – penteados “modernos” e duvidosos, vestidos que não favorecem ninguém nessa vida, etc!)

Apesar de eu não estar no meu melhor corpo, eu nunca estive tão à vontade na minha própria pele. Mesmo com “sobras” pelo corpo todo, estou numa fase em que me sinto mulher de verdade e sou apreciada por isso. E, o mais importante, eu me sinto apreciada por isso. Não quero passar pelo Extreme Makeover antes do casamento! Meu noivo me ama desde o início do jeito que eu sou. Claro que eu quero melhorar pra ele, mas eu ainda quero ser eu. Chega de transformações radicais, chega de correr contra o tempo e a balança! Eu quero casar saudável, mesmo que não dê tempo de ficar magrinha até o casamento. Mais do que sanidade física, eu quero sanidade mental.

Eu gostaria que toda noiva, magra ou não, se sentisse bem com seu corpo. Sem ficar com medo do que os outros vão pensar quando ela entrar na igreja e não estiver seca como um palito de picolé. O vestido deve ser feito moldado sobre suas formas, e não o contrário. Não somos cabides, não somos pedaços de madeira, somos mulheres. Mulheres de verdade. Mulheres de verdade não são perfeitas e há beleza na imperfeição também. Eu não sou magra, nunca fui. E se eu tiver que ser uma noiva cheinha, também vai estar tudo bem.

Sobre decisões e dúvidas

Estou passando por um momento de muitas decisões importantes. A cor dos armários da cozinha, o tipo de colchão que teremos, as músicas da recepção… Quando duas pessoas decidem se casar, nem sempre passa pela nossa cabeça que essa aparentemente simples decisão trará com ela um milhão de outras decisões. Se você não for uma pessoa muito assertiva ou for do tipo que não sabe o que quer, pode ser que sofra durante essa época dos preparativos. De fato, até os mais decididos sofrem, pois são tantas as opções de TUDO relacionado a casamento que a gente acaba ficando na dúvida mesmo.
Uma das decisões mais difíceis pra mim está sendo essa de agora: o que priorizar e como escolher a lua-de-mel num momento meio crítico?
Priorizar algumas coisas surge quando, como é o meu caso, você não tem dinheiro pra fazer TUDO o que planejou ou sonhou. São poucas as pessoas que tem condições de dar uma festa pra todo mundo que gostaria e ainda ter a lua-de-mel dos sonhos. Se você tem essa possibilidade, então que bom pra você! Curta mesmo, planeje o melhor, porque é o seu dia e você e seu amor merecem o melhor mesmo, merecem ter de tudo mesmo! Mas se você não pode ter tudo, como eu, vai ter que priorizar as coisas mais importantes, aquilo que realmente fará falta pra você. E isso é super pessoal, não há blog ou site de noivas que possa te ajudar a escolher o que vai ser melhor pra sua vida em termos de prioridade. É o tipo de coisa que você tem que olhar pra dentro de si e perguntar: será que valerá mesmo a pena fazer esse esforço por um dia só? Pese prós e contras e decida. Não é nada fácil decidir, porque geralmente as pessoas querem coisas boas pra si mesmas (claro, né?) e querem tudo. A gente quer mesmo um casamento lindo, com fornecedores top, com vestido de sonhos e lua-de-mel luxuosa. Por que alguém não iria querer essas coisas, por mais simples que sejam?

No meu caso, acabei decidindo por priorizar aquilo que estava super próximo ao meu coração: uma cerimônia do jeitinho que eu sonhei, no lugar que eu sonhei, com o vestido que sonhei e a decoração que sonhei, com a recepção que desse pra pagar (hehehe!). Ou seja, priorizei o dia, as fotos, o álbum… Afinal de contas, é a única recordação física que sobra deste dia tão importante depois que ele acaba. Mas isso é a minha visão, a sua pode ser outra. Talvez você prefira priorizar o festão e ter uma cerimônia mais simples, um vestido mais simples. Talvez sua prioridade seja boa comida e boa música. Talvez sua prioridade seja fotógrafo e videomakers top de linha (acho que isso devia ser obrigatório! hehehe). Talvez sua prioridade seja a sua casa, mobiliada do jeitinho que você sonhou, com tudo o que você sempre imaginou. Talvez sua prioridade seja a lua-de-mel, com a viagem dos sonhos, seja pra uma ilha deserta da Polinésia francesa ou aquela viagem pra Europa com direito a muitos free shops de aeroporto pra satisfazer nossos desejos de consumidora-frustrada-brazuca. Juro pra vocês que eu queria tudo isso também. Tudinho, e tudo junto. Mas infelizmente não dá, e o difícil é priorizar. E mesmo depois de ter decidido por priorizar o dia do casamento, eu me pergunto quase todo dia se decidi certo. Tenha certeza de uma coisa: as dúvidas fazem parte do processo, mesmo depois da decisão feita. Eu ainda acho que foi a melhor escolha pra mim, mas eu tenho dúvidas todo santo dia, porque o meu coração também quer outras coisas. Mas, como quem tudo quer nada tem, a melhor coisa a fazer é estabelecer prioridades e mante-las até o fim.

Hoje eu estou sofrendo um pouco, porque por minha conta e risco eu escolhi dar prioridade pra outras coisas que não tinham NADA a ver com o casamento, e usei boa parte do budget da lua-de-mel dos sonhos pra isso. Pronto, falei. Eu sei que foi a decisão mais correta e acertada, mas ao mesmo tempo fica aquela dúvida: será que depois eu vou me arrepender de não ter tido aquela lua-de-mel no destino luxuoso que eu queria? Será que eu vou me culpar depois de ter feito a escolha errada em termos de prioridade? Eu sei que o casamento vai muito além dessas coisas e existe todo um universo a ser descoberto na vida a dois. Sei de tudo isso, e estou ansiosa pra que estes momentos cheguem. Mas eu não diminuo também esses pequenos sonhos, e não me acho superficial por querer essas coisas. Eu sei que qualquer lugar será especial ao lado da pessoa que eu amo, mas por quê eu não iria querer um lugar especial pra esse momento especial? Não vou me sentir culpada por desejar o melhor pra mim e meu noivo, mesmo que não sejam coisas necessárias. O melhor nem sempre é o necessário, e nem sempre é possível. Mas, se for possível, opte pelo melhor. É um momento importante da sua vida, então eu digo: vá em frente! Mas não se enrole toda nem faça dívidas pra isso, claro. Nada pior do que começar a vida a dois no vermelho. Sensatez é o pretinho básico de uma noiva.

Bom, mas agora o fato é que eu preciso chacoalhar a poeira de dúvidas e manter o foco nas prioridades que também me fazem muito feliz. Priorizar é um exercício diário doloroso, mas que fortalecerá seus músculos para uma vida a dois mais saudável. É nisso que eu prefiro acreditar agora.

Antecedência demais

Já vi vários casamentos na internet que foram organizados em pouco tempo, um semestre ou somente 3 meses. Alguns eram mini-weddings, alguns eram festas mais simples, outros eram verdadeiras produções cinematográficas. Difícil de acreditar que é possível organizar um casamento pra muuuuita gente num período inferior a 1 ano. Mas dá. Acontece, e as boas empresas de eventos, assessoria e cerimonial estão aí pra não me deixarem mentir. Com dinheiro e a pessoa certa pra te ajudar, dá pra casar igual a Lady Di de hoje pra semana que vem!

Mas a maioria dos casais tenta noivar com pelo menos 1 ano de antecedência. Isso porque, mesmo com todo o dinheiro do mundo, nem sempre é possível que as coisas saiam do jeitinho que queríamos, com as datas e os fornecedores que sonhávamos. Mas, com a antecedência certa, é possível reservar aquele fornecedor sonhado e ainda parcelar o pagamento em suaves prestações, né? Eis então a grande vantagem de ter um plano com tempo de sobra pra ser executado.

Eu mesma noivei com tempo de sobra. Pouco mais de 1 ano. Calma, ele não estava me enrolando, foi uma decisão totalmente consciente. Eu, control freak que sou, dei graças a Deus por ter sido desse jeito. Foi o tempo perfeito para pesquisar muito, conhecer os fornecedores, comparar preços, me inspirar até dizer chega na internet, etc. Mas nem tudo são flores. Apesar do tempo de antecedência geralmente ser um fator positivo, nem sempre ele ajuda. Com a empolgação do planejamento, é possível que você tome decisões cedo demais e depois se arrependa. Isso vale para vestido, buffet, fotógrafo, cerimonial e até padrinhos e convidados. Ou seja, praticamente TUDO.

A não ser que você tenha absoluta consciência de que é isso que você quer e que está disposto a não repensar essa decisão mais pra frente, não feche contrato algum com muita antecedência. Também não saia falando pra fulano e ciclano que vai casar e que com certeza eles vão, etc… Convidar de boca com antecedência significa ter que convidar oficialmente depois. Pense bem antes de sair divulgando por aí: “Aaaaai, você tem que ir ao meu casamento!” Sério, eu digo isso porque as relações mudam, as pessoas se decepcionam e amizades se desfazem todos os dias. Nem precisa se desfazer, mas às vezes simplesmente se perde o contato. Hoje você está super próximo de tal pessoa, amanhã pode não ser bem assim. E aí a situação ficará extra-desconfortável depois, quando você for obrigada a mandar o convite por educação pra aquela pessoa que você nem faz mais tanta questão de ver na vida. E, pagando por cabeça, essa situação vai doer pelo menos no bolso. Então não faça convites com antecedência. Deixe pra “surpreender” os amigos ou parentes na hora mesmo, inclusive os padrinhos, porque se você se arrepender depois, não haverá nada a ser feito, a não ser aprender com a lição. Cautela extra sempre.

Com os fornecedores pode ser mais fácil, apesar do arrependimento sempre ser uma coisa chata. Fechar com um fornecedor com muita antecedência sempre é arriscado, porque você vai conhecer novos fornecedores mais pra frente, mesmo sem procurá-los, e pode encontrar melhores preços e opções. Se você realmente quiser trocar de fornecedor, é só checar o contrato que você assinou pra ver se vale a pena ou não rompe-lo. É possível que a taxa pra quebra do contrato não pese tanto pra você. Se você sentir que vale a pena pagar pra não ter dor de cabeça no dia, então pague. E quer saber? Geralmente vale a pena, sim. Só tome cuidado pra não se queimar ou fazer uma troca injusta sem necessidade.

Mas acho que NADA é tão arriscado de fechar com antecedência como o vestido de noiva. Pense bem, a moda muda substancialmente a cada três ou seis meses. E, por mais clássica que você seja, é preciso entender que hoje em dia os grandes designers de noiva do mundo criam suas coleções com informação de moda também. Existem tendências, novidades e silhuetas diferentes a cada nova estação. Se você escolher seu vestido com mais de seis meses de antecedência, o risco de mudar de idéia é alto. Novamente, isso não é regra. Se o seu coração estiver fixo naquele modelo e você se dispuser a não olhar mais revistas de noiva, sites, blogs e etc sem se deixar levar pelos novos modelos (D-I-F-Í-C-I-L), então vá em frente. E, se você mudar de idéia depois, procure não ficar com raiva. Resolva a situação e bola pra frente. Todo arrependimento trará dor de cabeça ou dor no bolso, pode apostar. Mas, tendo disposição ou dinheiro pra pagar, vale a pena virar seus planos de cabeça pra baixo e ser feliz!

Para manter a sanidade mental

Muitos amigos meus dizem que mulheres competem muito entre si. Depois de alguns minutos me sentindo ofendida, eu comecei a pensar que tem verdade nisso que eles dizem. Eu não vou negar que somos SIM competitivas, a começar pelo que enxergo em mim.

Como eu tenho que lidar constantemente com meu lado competitivo em algumas áreas e me policiar para que isso não se torne algo prejudicial a mim e aos que me rodeiam, me questiono muito sobre o assunto. E, quando a tal competição chega aos casamentos, ela não se faz de rogado: é explícita.

Eu não pude evitar me perguntar: mas POR QUE nós temos que ganhar sempre? Por que temos que nos certificar sempre de que estamos fazendo igual ou melhor do que os outros? Por que temos que ser melhores que uns e outros? Se fulana fez um festão pra 500 convidados, você começa a se perguntar se não está restringindo demais a sua lista. Ciclana usou um vestido com 5 metros de cauda e todo mundo falou que estava uma princesa, aí você começa a questionar o tamanho da cauda do seu vestido. Ou pensa em embutir uma, porque você não escolheu um vestido com cauda (pois antes nem gostava!).

Os casamentos viraram verdadeiras competições, seja pra ostentar, seja pra mostrar quem tem o lado criativo mais aguçado, quem é a verdadeira Deusa do DIY (do-it-yourself = faça-você-mesma). Se você tem grana, quer fazer A FESTA, aquela que será lembrada por todas colunas sociais e bridal blogs da alta como um evento de puro glamour e bom gosto. Se não tem grana, quer fazer A FESTA também, aquela que será lembrada por todos os bridal blogs mais “indies” que exaltam a noiva habilidosa, criativa e pouco materialista. Ou seja, não há escolha. A expectativa de todos, inclusive a nossa, é que o casamento seja um evento social surpreendente. De preferência, mais surpreendente do que o da fulana e ciclana que casaram antes de você.

Vou exemplificar: Eu estava tentando parar de contar os detalhes do meu casório. Chegou um momento em que simplesmente comecei a ficar com medo de roubarem minhas idéias (Acredite, acontece!). Afinal de contas, eu gastei muitas horinhas e neurônios pra bolar detalhes surpreendentes pro meu casório, que eu quero que seja o melhor de todos (pelo menos do meu ponto de vista). Mas essa minha tentativa é falha e, obviamente, não vai dar certo.

Ora, eu não sou a última noiva do mundo a casar (Deus me livre e guarde!)! Ou seja, a não ser que meu noivo resolva me enrolar infinitamente, sempre haverá uma outra noiva pra casar depois de mim. E depois de você também. Isso significa que não adianta se esforçar em fazer segredo para seu casamento ser o mais original e inovador do mundo. Depois que inovou, sempre haverá alguém pra copiar. Claro, eu continuo defendendo a idéia de que um casamento original e diferente é sempre muito bom! Mas eu defendo, principalmente, que um casamento que é a SUA CARA é muito melhor. E, às vezes, o que é a nossa cara também é a cara da fulana e da ciclana. Acontece. E essa competição pela exclusividade também tem que acabar. Se você, como eu, se considera uma noiva criativa (no blog da Geo tem alguns posts que falam sobre isso), tente relaxar. Você pode até se gabar de não se estressar nada quanto ao vestido ou às havaianas personalizadas (que provavelmente você acha uó como eu! hehehe), mas precisa ficar muito zen pra não transformar o casório numa corrida pela inovação!

Não competir, e fazer tudo para não se deixar levar por esses sentimentos, é uma estratégia sagaz para manter a sanidade mental. Depois de alguns meses planejando o casamento nesse ritmo de “competição de escola de samba do Carnaval do Rio”, a gente começa a perder o foco principal e as prioridades ficam tão pequenas que vão escapulindo por entre os dedos feito grão de areia. Falo isso por experiência própria: Pegue seu lado competitivo, amarre-o e tranque-o no armário! E se ele for muito aguçado e quiser escapar o tempo todo, comece a treinar pra correr (e ganhar!) a São Silvestre ou coisa assim. Duvido que ele não se canse! 😉

Prioridades

Por que nossas prioridades mudam tanto depois que começamos a planejar um casamento?

Antes de ficar noiva oficialmente, eu tinha as minhas prioridades com relação ao casório:

1) Contratar um fotógrafo MA-RA-VI-LHO-SO. (Sim, esse maravilhoso tem que ser falado assim bem gay, senão a ênfase não funciona!)

2) Casar ao ar livre, durante o dia.

3) Os convites teriam que ser modernos e totalmente diferentes de qualquer coisa que eu já vi.

Basicamente, essas eram algumas das prioridades, o que eu considerava realmente importante, impossível de se abrir mão. Todo o resto seria adaptável e até mesmo algo poderia ser descartado ao longo do caminho.

Cá estou eu, quase dois meses depois do noivado, e já revendo várias das minhas prioridades. Antes eu tinha três, e agora parece que já tenho itens suficientes pra contar nos dedos dos pés e das mãos! Como uma cena saída do filme Sex and the City, entendo exatamente o que a Carrie quis dizer quando disse que deixou que o casamento ficasse maior do que o próprio relacionamento. Como de um conjuntinho sem grife a um luxuoso Vivienne Westwood, as prioridades de uma noiva podem mudar num passe de mágica. Para isso, basta que ela encontre opções.

De repente, comecei a me importar com coisas que antes não faziam tanta diferença, como o tipo de cadeiras da cerimônia. Se eu bem me lembro, antes eu não dava a mínima se todos tivessem que sentar naquelas cadeiras de plástico de jardim. Agora meu coração se parte quando penso em optar entre cadeiras Tiffany (ou Chiavari) ou de ferro! Sem falar que depois que conheci videomakers maravilhosos (lá vou eu de novo declarar minha paixão e tietagem pelo StillMotion!), comecei a querer um videomaker maravilhoso também. E olha que antes cheguei a cogitar nem ter filmagem do casório. Acredito que muitas noivas também já cogitaram isso, considerando a quantidade de vídeos BREGAS, de péssima qualidade e mal editados que vemos por aí. Quando você começa a ver coisas lindas, fica difícil não começar a pensar que aquilo é sim um item de extrema prioridade.

Mas não é. Tá, o vídeo é importante e talvez seja sua única chance de assistir o cortejo. Beleza, então o vídeo pode sim ser considerado um item prioritário. Mas e o resto? As havaianas pra pista de dança (Aaaargh!), os pacotinhos de lenços “Lágrimas de Alegria” (sim, isso existe!), os bem-casados, as cadeiras Tiffany, garrafinhas de água personalizada com a foto dos noivos (huahauhau! É sério!) etc… Não deixe que te digam que isso é uma prioridade, se pra você nunca foi. Não deixe que te digam que você TEM QUE TER certas coisas só porque a maioria dos casórios tem, mesmo que essa coisa seja um vestido branco ou um bolo de 3 andares (nem todo mundo gosta de bolo!). Mantenha-se fiel à si mesmo e mantenha-se fiel às suas prioridades, analisando sempre com muito bom-senso novas adições à lista de prioridades. O que você realmente TEM QUE TER é um casamento do jeito que você sonhou. Essa é a prioridade. Você sonhou com um casamento na praia com cadeiras Tiffany? Maravilha! Se você sonhou em casar numa igreja de manhã e depois tomar aquele brunch sensacional com a família, maravilha também! Se você sonhou em casar de vestido azul, corra atrás do seu sonho! Se você quer casar em Las Vegas numa cerimônia feita pelo Elvis, bom… é seu sonho, então vai lá!

Quando eu começo a ficar insana com as coisas que os outros acham que eu tenho que fazer com relação ao casório, converso com meu noivo maravilhoso e rapidinho ele me ajuda a enxergar claramente tudo de novo e põe meus pés no chão. Casar exige muitas habilidades diplomáticas. Você tem que saber lidar com todas as opiniões alheias sobre esse evento que é, em realidade, sobre vocês dois. Claro, é um dia pra se compartilhar com muita gente, mas é sobre vocês dois. Não pode ser um evento egoísta, mas não pode ser um evento sobre 500 pessoas. O reflexo que temos que enxergar nesse dia é o reflexo do casal, e não o dos 250 convidados.  O difícil é que poucos familiares conseguem respeitar esses limites. E mais difícil ainda é lidar com todos os “intrometidos” com a finesse de uma lady. Tem hora que estamos mais pra lady Gaga!

Enfim, uma dica pra manter as prioridades no lugar e os pés no chão que aprendi depois de muito tempo lendo sites de noivas, revistas de noivas, blogs de noivas, e etc: Escreva junto com seu amado suas prioridades num papel. Escreva realmente TUDO aquilo que não pode faltar, assim que vocês começarem a pensar em casamento. E deixe-as num lugar visível, pra que sempre que você começar a se sentir oprimida por opiniões alheias, blogs de casamento, revistas de noiva pouco realistas ou o que for, isso te ajude a se lembrar daquilo que realmente era importante no princípio. Pode até ser que ao final do planejamento algumas coisas que eram prioridade nem sejam mais. Fato é que a gente vai ficando mais desapegada com o tempo, entendendo que, no fim das contas, a sua maior prioridade sempre foi (e sempre será) ser a esposa.

O monstro do bom gosto

Eu achava que depois que ficasse noiva, ia ser tudo um mar de rosas. Afinal de contas, eu venho “planejando” esse evento na minha cabeça desde que eu me entendo por gente. Mais especificamente desde que brincava de noiva com a cortina branca da minha tia na cabeça. Eu alimento uma pasta inspiracional no notebook já tem um bom tempinho, ultrapassando algumas centenas de megabytes. Coleciono revistas de noiva (nenhuma brega, tá?) e já nem tenho mais gavetas pra guardar. Parecia muito simples juntar tudo e dizer: pronto, tá planejado. Mas, infelizmente, não é assim que acontece.

E sabe por que? Porque eu me transformei numa chata perfeccionista. Depois de começar a filtrar o bom do ruim, o brega do refinado, o lixo do luxo, você pega o jeito da coisa. E aí seus olhos ficam afiados o suficiente pra não se contentar com qualquer porcaria que apareça numa revista. Precisa ter o carimbo de aprovação de toda uma comunidade de especialistas casamenteiros da blogosfera ou você não ficará confortável com sua decisão.

A coisa fica realmente grave quando você conhece publicações internacionais do ramo. Quem, em sã consciência, consegue se contentar com qualquer videomaker depois de ver o trabalho sensacional da equipe canadense do Stillmotion? E eles, obviamente, não cobram nada barato. Mas eles são a creme de la creme. Tem outros muito bons a preços mais modestos por lá. A indústria de casamentos super evoluída do hemisfério norte deixa a gente com vontade de chorar por aqui. É claro que tem bons profissionais que sempre despontam, mas isso tem um preço.

Ter bom gosto tem seu preço. Se você tem dinheiro, é muito fácil comprar bom gosto. Mas eu não tenho dinheiro. E equilibrar bom gosto com um evento de baixo orçamento é tão complicado quanto equilibrar um ovo no nariz. Estou tentando dar nó em pingo d’água.

Claro que nem sempre grana significa bom gosto. Olha o caso da Stephany Brito: Ela é uma graça, linda, fofa e casou com o príncipe encantado dela. E o casamento foi uma ode à cafonice. Aquele smoking branco uó que o Pato usou foi o fim! Mas eles tinham a opção, só optaram errado. Já a Sandy, que sempre foi meio cafoninha, fez um casório charmoso (se bem que tinha aquela cara de casório de família rica do interior), usou um vestido lindo, foi tudo fofo. Cada um no seu quadrado, né?

Enfim, ser muito exigente pode te deixar estressada e, pior, decepcionada. E olha que minhas vontades com relação ao casamento nem são nada de espetacular, provavelmente deixariam as mais tradicionais como a Fê de cabelo em pé. Mas é realmente imprescindível que eu não encare isso como um grande problema, um impedimento ao bom gosto. Estou juntando minhas forças e inspirações “a la Sammia” e vou encarar isso como um desafio criativo. If there is a will, there is a way, não é o que dizem?

Mas é aí que você percebe: quando as coisas mais fúteis (não leia esse “fúteis” no pior dos sentidos, tá?) começam a te tirar do sério, a ficha cai e você enxerga o quanto está se preocupando com as coisas erradas. Eu não estou dizendo que querer ter lindos arranjos de flores, cadeiras bonitas e lounges com puffs de tecido personalizado seja um pecado mortal, futilidade de última grandeza nem nada. Mas venhamos e convenhamos, isso é assim tão essencial pro grande dia ser realmente GRANDE?

Eu lembro de ter ido a um casamento de um familiar querido. Não teve festa, jantar, etc. Teve bolo. Eu lembro de ter entrado na igreja e odiado a decoração. Achei estranhérrima. Mas era exatamente o que a noiva queria, pelo que me falaram. Do momento em que a noiva entrou na igreja até o momento em que fui embora, não consegui pensar outra coisa a não ser que esse era um dos casamentos mais lindos que eu já presenciara. Um casamento cujas escolhas “visuais” passariam longe das minhas. Cadeiras, cores, flores, etc. De repente, nada disso importa muito quando se sente felicidade e emoção emanando pelos olhos de uma pessoa que a gente ama.

No fim das contas, o que faz realmente falta num casamento, já dizia uma avó de noiva muito sábia, são as coisas básicas: o noivo, a noiva, um vestido lindo e um pastor. Ou o padre, ou quem quer que vá conduzir a cerimônia. Se uma dessas coisas faltar, vai fazer muita falta REALMENTE. Do contrário, ninguém vai sentir muita falta das flores sensacionais, dos puffs, etc. E é disso que eu tenho que me lembrar todos os dias até o dia de dizer SIM. E manter o bom gosto pra me manter feliz na medida do possível, mesmo quando tudo o que eu tenha em mãos seja alguns fornecedores meia-boca. Mas nunca deixar que o bom gosto se transforme nesse montro que, convenhamos, é de muito mau gosto. Got it?

De volta de novo!

Não vou mentir: pensei em fechar o blog. Abandonado já estava mesmo. Meu último post foi um ensaio de retorno, mas acabou que ficou só no ensaio. Vamos encarar esse meu vácuo bloguístico como um ano sabático que eu tirei pra resolver a vida. Ou quase.

Faz quase um ano que não escrevo por aqui. Muita coisa aconteceu. De Lady Gaga a Jesus Luz até o novo álbum da Mariah Carey e suas péssimas (e freqüentes) escolhas no guarda-roupa. Muita coisa pra comentar. Mas a única novidade que me passa pela cabeça é a mais narcisista possível: estou noiva!!!

Yes, colegas. Me agarraram pelo dedo. Confesso que isso foi um super “turn on” pra voltar pro blog. Ameacei abrir um novo. Mas, fala sério, pra quê? Esse bloguinho véio de guerra sempre me rendeu bom número de visitas e comentários. Deu saudades daqui. Mas preparem-se, porque vai ter muito mais bridal a partir de agora. É um aviso camarada do tipo “corra que a noiva vem aí”.

Meu noivado vai durar pouco mais de um ano. Pra alguém tão complicada e procrastinadora como eu, esse tempo fica bem em cima da linha do aceitável e do desesperador. Não passa um dia sem que eu me olhe no espelho e enxergue uma Bridezilla aflorando. Mas esse é o tipo de coisa que vem e vai, e geralmente piora a cada 28 dias. Acho que essa tensão constante, o suspense do tipo “será que ela vai conseguir mesmo planejar esse casamento?” pode render bons posts na minha caminhada rumo ao altar. E o pior é que eu não sei mesmo se vou conseguir fazer tudo do jeito que eu quero, quanto menos do jeito que eu sonhei. Talvez você do outro lado do computador se identifique com a minha saga. Talvez até tenha conselhos pra me dar. Só resta então acompanhar o blog pra ver no que vai dar.

Por outras bandas…

Só pra quem ainda acredita no renascimento do meu amado blog, devo avisar que estou blogando por outras bandas também. Mas calma, o Sensorial Trip não morreu. Estamos em fase de reformulação!

Recentemente me juntei à equipe do Tutorial Pop, pra levar um pouco de estrogênio ao bando de machos.

E, em mais um projeto solo, abri o Zucchini’s, um blog/podcasting de música onde você pode realmente ouvir música, além de ler e ouvir algumas abobrinhas… Ainda estamos engatinhando, mas muito em breve as coisas começarão a ficar bem feitas.

À flor da pele

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Parece que flor foi uma recorrente aparição nos desfiles desta última edição de inverno do SPFW, segundo contou a tia Glorinha. Os motivos florais não vão desgrudar da nossa pele, portanto. Mas eu ando tão à flor da pele ultimamente, que não preciso de um motivo a mais, floral ou não, pra me lembrar disso…

Para aqueles que também estão à flor da pele, Zeca Baleiro consegue transmitir em palavras direitinho o que essa expressão estranha nos causa. Vamos então ouvir Zeca Baleiro e nos afogar em chá, quem topa? 

Eu voltei, e agora é pra ficar…

…porque aqui é o meu lugar mesmo!

O que uns comentários bem escritos não fazem, né? Agradeço aos comentários do último post, de verdade. Como disse a Fê da Oficina de Estilo, o tempo não é o melhor remédio. É que novos problemas vão aparecendo com o tempo e a gente acaba esquecendo os velhos. Verdade, viu? Já tô aqui, lidando com meus novos problemas, cabeludos e de sete cabeças, porém estou gerenciando-os com muita simpatia. É preciso sorrir para os problemas. Não que eles vão sorrir de volta pra você, claro. Mas é bom sorrir sempre.

Então tá, estou mais animada. Voltemos à velha rotina bloguística na capital federal.

De volta para o presente

Olha, não vou dizer que a crise passou. Também não posso afirmar que não haja mais bloqueio criativo. Há, e muito. A coisa só piorou de uns tempos pra cá. Teve um tempo em que eu nem dormi, acredite em mim. Aí o que eu fiz? As malas. E saí da capital federal por uns dias. Foi bom, foi uma fuga preciosa que finalmente me devolveu o sono.

Bem, o sono voltou. Já posso afirmar que durmo relativamente bem. Mas nem tudo se resolve com essa facilidade. Ainda estou esperando algumas coisas se resolverem. Dizem que o tempo é o melhor remédio. Portanto, estou tomando o melhor remédio em doses homeopáticas.

É tão complicado falar de coisas pessoais minhas nesse blog. Primeiramente porque ele não deveria ser tão… pessoal. Mas acaba sendo, porque ele não é o contrário disso. Então, como falar de coisas pessoais sem soar e ser pessoal? É tudo pessoal. É como a Meg Ryan disse naquele filme (que eu assisto 600 vezes num dia e choro em cada uma das 600 vezes), Mensagem pra Você, as coisas sempre são pessoais. Pode não ser pessoal pra você, pode ser só negócios, só um blog, só isso ou só aquilo. Mas desde que exista euzinha aqui deste lado da tela… bom, é pessoal sim. E eu queria ser totalmente impessoal quando eu escrevo aqui. Mas como esquecer as coisas pelas quais eu estou passando agora, deixar tudo de lado e escrever um texto totalmente desconectado da minha realidade? Não tem como. Às vezes eu quero falar de mim. E às vezes eu tenho que falar de mim, senão… eu morro.

 Acho que eu tenho que repensar esse blog seriamente. Não que exista uma fórmula correta do que escrever aqui. Eu só acho que preciso… repensar um pouco.

Em tempos de crise, faça as malas.

Na verdade, em tempos de crise, o melhor remédio é blogar no blog alheio. Hehehe. Não tão alheio assim. Eu e Aline, minha parceira de mochilada, estamos blogando sobre as agruras dos preparativos da nossa viagem e continuaremos blogando até quando estivermos lá. É o diário de bordo, basicamente. Quem quiser passar lá, será muito bem vindo. Ainda tô em crise, mas já tô começando a sentir vontade de voltar a postar… Fiquemos atentos, sim?

Clique aqui para conferir o blog.

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