A noiva magra

Tenho vários amigos que toda vez que me perguntam do casamento, perguntam assim: “E aí, tá tudo em cima pro casamento? Tá emagrecendo?” A minha primeira reação é de riso, depois de raiva. Mas eu acabo sempre respondendo a mesma coisa: “Sim, estou.” E eu estou mesmo, mas não é aquele tipo de emagrecimento que vai me transformar da água pro vinho ou da antiga Jennifer Hudson pra nova Jennifer Hudson, infelizmente.

Fato é que eu sempre fui gordinha, desde que me entendo por gente. Nunca foi fácil pra mim manter o peso. E, apesar de não gostar dessa condição, não é porque eu fiquei noiva que isso tudo iria mudar do dia pra noite. Claro que eu gostaria de me casar com o corpo da Gisele Bundchen, mas isso é para poucas, sejamos realistas. Estou tentando levar uma vida menos sendentária (o que é a parte mais difícil) e estou tentando adotar uma dieta equilibrada. Mas essa pressão de ser uma noiva magra está começando a me dar nos nervos. Não quero emagrecer de nervoso! Também não quero me sentir uma noiva feia só porque eu tenho mais gordura corporal do que as noivas magras. Isso é tão relativo! Tô cansada de ver meninas magras e bonitas que quando se vestem de noiva tem a incrível capacidade de virarem verdadeiros dragões (sombra branca ou prateada – ARGH! – penteados “modernos” e duvidosos, vestidos que não favorecem ninguém nessa vida, etc!)

Apesar de eu não estar no meu melhor corpo, eu nunca estive tão à vontade na minha própria pele. Mesmo com “sobras” pelo corpo todo, estou numa fase em que me sinto mulher de verdade e sou apreciada por isso. E, o mais importante, eu me sinto apreciada por isso. Não quero passar pelo Extreme Makeover antes do casamento! Meu noivo me ama desde o início do jeito que eu sou. Claro que eu quero melhorar pra ele, mas eu ainda quero ser eu. Chega de transformações radicais, chega de correr contra o tempo e a balança! Eu quero casar saudável, mesmo que não dê tempo de ficar magrinha até o casamento. Mais do que sanidade física, eu quero sanidade mental.

Eu gostaria que toda noiva, magra ou não, se sentisse bem com seu corpo. Sem ficar com medo do que os outros vão pensar quando ela entrar na igreja e não estiver seca como um palito de picolé. O vestido deve ser feito moldado sobre suas formas, e não o contrário. Não somos cabides, não somos pedaços de madeira, somos mulheres. Mulheres de verdade. Mulheres de verdade não são perfeitas e há beleza na imperfeição também. Eu não sou magra, nunca fui. E se eu tiver que ser uma noiva cheinha, também vai estar tudo bem.

Sobre decisões e dúvidas

Estou passando por um momento de muitas decisões importantes. A cor dos armários da cozinha, o tipo de colchão que teremos, as músicas da recepção… Quando duas pessoas decidem se casar, nem sempre passa pela nossa cabeça que essa aparentemente simples decisão trará com ela um milhão de outras decisões. Se você não for uma pessoa muito assertiva ou for do tipo que não sabe o que quer, pode ser que sofra durante essa época dos preparativos. De fato, até os mais decididos sofrem, pois são tantas as opções de TUDO relacionado a casamento que a gente acaba ficando na dúvida mesmo.
Uma das decisões mais difíceis pra mim está sendo essa de agora: o que priorizar e como escolher a lua-de-mel num momento meio crítico?
Priorizar algumas coisas surge quando, como é o meu caso, você não tem dinheiro pra fazer TUDO o que planejou ou sonhou. São poucas as pessoas que tem condições de dar uma festa pra todo mundo que gostaria e ainda ter a lua-de-mel dos sonhos. Se você tem essa possibilidade, então que bom pra você! Curta mesmo, planeje o melhor, porque é o seu dia e você e seu amor merecem o melhor mesmo, merecem ter de tudo mesmo! Mas se você não pode ter tudo, como eu, vai ter que priorizar as coisas mais importantes, aquilo que realmente fará falta pra você. E isso é super pessoal, não há blog ou site de noivas que possa te ajudar a escolher o que vai ser melhor pra sua vida em termos de prioridade. É o tipo de coisa que você tem que olhar pra dentro de si e perguntar: será que valerá mesmo a pena fazer esse esforço por um dia só? Pese prós e contras e decida. Não é nada fácil decidir, porque geralmente as pessoas querem coisas boas pra si mesmas (claro, né?) e querem tudo. A gente quer mesmo um casamento lindo, com fornecedores top, com vestido de sonhos e lua-de-mel luxuosa. Por que alguém não iria querer essas coisas, por mais simples que sejam?

No meu caso, acabei decidindo por priorizar aquilo que estava super próximo ao meu coração: uma cerimônia do jeitinho que eu sonhei, no lugar que eu sonhei, com o vestido que sonhei e a decoração que sonhei, com a recepção que desse pra pagar (hehehe!). Ou seja, priorizei o dia, as fotos, o álbum… Afinal de contas, é a única recordação física que sobra deste dia tão importante depois que ele acaba. Mas isso é a minha visão, a sua pode ser outra. Talvez você prefira priorizar o festão e ter uma cerimônia mais simples, um vestido mais simples. Talvez sua prioridade seja boa comida e boa música. Talvez sua prioridade seja fotógrafo e videomakers top de linha (acho que isso devia ser obrigatório! hehehe). Talvez sua prioridade seja a sua casa, mobiliada do jeitinho que você sonhou, com tudo o que você sempre imaginou. Talvez sua prioridade seja a lua-de-mel, com a viagem dos sonhos, seja pra uma ilha deserta da Polinésia francesa ou aquela viagem pra Europa com direito a muitos free shops de aeroporto pra satisfazer nossos desejos de consumidora-frustrada-brazuca. Juro pra vocês que eu queria tudo isso também. Tudinho, e tudo junto. Mas infelizmente não dá, e o difícil é priorizar. E mesmo depois de ter decidido por priorizar o dia do casamento, eu me pergunto quase todo dia se decidi certo. Tenha certeza de uma coisa: as dúvidas fazem parte do processo, mesmo depois da decisão feita. Eu ainda acho que foi a melhor escolha pra mim, mas eu tenho dúvidas todo santo dia, porque o meu coração também quer outras coisas. Mas, como quem tudo quer nada tem, a melhor coisa a fazer é estabelecer prioridades e mante-las até o fim.

Hoje eu estou sofrendo um pouco, porque por minha conta e risco eu escolhi dar prioridade pra outras coisas que não tinham NADA a ver com o casamento, e usei boa parte do budget da lua-de-mel dos sonhos pra isso. Pronto, falei. Eu sei que foi a decisão mais correta e acertada, mas ao mesmo tempo fica aquela dúvida: será que depois eu vou me arrepender de não ter tido aquela lua-de-mel no destino luxuoso que eu queria? Será que eu vou me culpar depois de ter feito a escolha errada em termos de prioridade? Eu sei que o casamento vai muito além dessas coisas e existe todo um universo a ser descoberto na vida a dois. Sei de tudo isso, e estou ansiosa pra que estes momentos cheguem. Mas eu não diminuo também esses pequenos sonhos, e não me acho superficial por querer essas coisas. Eu sei que qualquer lugar será especial ao lado da pessoa que eu amo, mas por quê eu não iria querer um lugar especial pra esse momento especial? Não vou me sentir culpada por desejar o melhor pra mim e meu noivo, mesmo que não sejam coisas necessárias. O melhor nem sempre é o necessário, e nem sempre é possível. Mas, se for possível, opte pelo melhor. É um momento importante da sua vida, então eu digo: vá em frente! Mas não se enrole toda nem faça dívidas pra isso, claro. Nada pior do que começar a vida a dois no vermelho. Sensatez é o pretinho básico de uma noiva.

Bom, mas agora o fato é que eu preciso chacoalhar a poeira de dúvidas e manter o foco nas prioridades que também me fazem muito feliz. Priorizar é um exercício diário doloroso, mas que fortalecerá seus músculos para uma vida a dois mais saudável. É nisso que eu prefiro acreditar agora.

Antecedência demais

Já vi vários casamentos na internet que foram organizados em pouco tempo, um semestre ou somente 3 meses. Alguns eram mini-weddings, alguns eram festas mais simples, outros eram verdadeiras produções cinematográficas. Difícil de acreditar que é possível organizar um casamento pra muuuuita gente num período inferior a 1 ano. Mas dá. Acontece, e as boas empresas de eventos, assessoria e cerimonial estão aí pra não me deixarem mentir. Com dinheiro e a pessoa certa pra te ajudar, dá pra casar igual a Lady Di de hoje pra semana que vem!

Mas a maioria dos casais tenta noivar com pelo menos 1 ano de antecedência. Isso porque, mesmo com todo o dinheiro do mundo, nem sempre é possível que as coisas saiam do jeitinho que queríamos, com as datas e os fornecedores que sonhávamos. Mas, com a antecedência certa, é possível reservar aquele fornecedor sonhado e ainda parcelar o pagamento em suaves prestações, né? Eis então a grande vantagem de ter um plano com tempo de sobra pra ser executado.

Eu mesma noivei com tempo de sobra. Pouco mais de 1 ano. Calma, ele não estava me enrolando, foi uma decisão totalmente consciente. Eu, control freak que sou, dei graças a Deus por ter sido desse jeito. Foi o tempo perfeito para pesquisar muito, conhecer os fornecedores, comparar preços, me inspirar até dizer chega na internet, etc. Mas nem tudo são flores. Apesar do tempo de antecedência geralmente ser um fator positivo, nem sempre ele ajuda. Com a empolgação do planejamento, é possível que você tome decisões cedo demais e depois se arrependa. Isso vale para vestido, buffet, fotógrafo, cerimonial e até padrinhos e convidados. Ou seja, praticamente TUDO.

A não ser que você tenha absoluta consciência de que é isso que você quer e que está disposto a não repensar essa decisão mais pra frente, não feche contrato algum com muita antecedência. Também não saia falando pra fulano e ciclano que vai casar e que com certeza eles vão, etc… Convidar de boca com antecedência significa ter que convidar oficialmente depois. Pense bem antes de sair divulgando por aí: “Aaaaai, você tem que ir ao meu casamento!” Sério, eu digo isso porque as relações mudam, as pessoas se decepcionam e amizades se desfazem todos os dias. Nem precisa se desfazer, mas às vezes simplesmente se perde o contato. Hoje você está super próximo de tal pessoa, amanhã pode não ser bem assim. E aí a situação ficará extra-desconfortável depois, quando você for obrigada a mandar o convite por educação pra aquela pessoa que você nem faz mais tanta questão de ver na vida. E, pagando por cabeça, essa situação vai doer pelo menos no bolso. Então não faça convites com antecedência. Deixe pra “surpreender” os amigos ou parentes na hora mesmo, inclusive os padrinhos, porque se você se arrepender depois, não haverá nada a ser feito, a não ser aprender com a lição. Cautela extra sempre.

Com os fornecedores pode ser mais fácil, apesar do arrependimento sempre ser uma coisa chata. Fechar com um fornecedor com muita antecedência sempre é arriscado, porque você vai conhecer novos fornecedores mais pra frente, mesmo sem procurá-los, e pode encontrar melhores preços e opções. Se você realmente quiser trocar de fornecedor, é só checar o contrato que você assinou pra ver se vale a pena ou não rompe-lo. É possível que a taxa pra quebra do contrato não pese tanto pra você. Se você sentir que vale a pena pagar pra não ter dor de cabeça no dia, então pague. E quer saber? Geralmente vale a pena, sim. Só tome cuidado pra não se queimar ou fazer uma troca injusta sem necessidade.

Mas acho que NADA é tão arriscado de fechar com antecedência como o vestido de noiva. Pense bem, a moda muda substancialmente a cada três ou seis meses. E, por mais clássica que você seja, é preciso entender que hoje em dia os grandes designers de noiva do mundo criam suas coleções com informação de moda também. Existem tendências, novidades e silhuetas diferentes a cada nova estação. Se você escolher seu vestido com mais de seis meses de antecedência, o risco de mudar de idéia é alto. Novamente, isso não é regra. Se o seu coração estiver fixo naquele modelo e você se dispuser a não olhar mais revistas de noiva, sites, blogs e etc sem se deixar levar pelos novos modelos (D-I-F-Í-C-I-L), então vá em frente. E, se você mudar de idéia depois, procure não ficar com raiva. Resolva a situação e bola pra frente. Todo arrependimento trará dor de cabeça ou dor no bolso, pode apostar. Mas, tendo disposição ou dinheiro pra pagar, vale a pena virar seus planos de cabeça pra baixo e ser feliz!

Bridal Trends para 2011 (ou não!)

Vi algumas listas prevendo tendências para casamentos no ano de 2011 e fiquei pensando nas coisas que eu gostaria que virasse tendência nos casórios em 2011. Afinal, a essa altura do campeonato já tenho minha opinião formada sobre alguns vários assuntos. Provavelmente alguns itens da minha lista NUNCA vão pegar em terras tupiniquis, mas alguns outros itens creio que já estejam começando a penetrar o consciente das noivas atuais. Utópica ou não, eis minha lista de bridal trends! Vou cruzar os dedos pra moda pegar!

“Cherish the dress” ou Fim do Trash the dress

Não que eu goste do termo “cherish the dress” ou da idéia de fazer uma seção de fotos no estilo oposto do Trash the dress, em situações que valorizam o vestido ao invés de destruí-lo. Se fosse pra apoiar de verdade, eu chamaria esse estilo de “Cherish the dress AT THE MOMENT”. Sério, tire fotos lindas vestida de noiva no dia. Se arrume com antecedência, prepare-se pra cerimônia mais importante da sua vida, emocione-se, sinta-se linda e tenha um fotógrafo bafônico pra registrar todos esses momentos, os verdadeiros. Mas, como pra mim Trash the Dress já deu o que tinha que dar – se é que algum dia ele teve que dar alguma coisa – prefiro que o “Cherish” vire tendência esse ano. Não sei quem teve a idéia de fazer uma seção de fotos com a noiva (que raramente tem talento para modelo) em situações das mais absurdas e que detonam o vestido, mas somente uma “mente brilhante” poderia nos agraciar com aquela famosa pose da noiva “boiando” (ou simplesmente parada lá, o que torna tudo mais bizarro)  de vestido na piscina ou num lago. O tipo de coisa que te faz pensar: Sério mesmo?

Guirlandas e tiaras florais:

Parece coisa de daminha, mas não é e nem precisa ser. Claro que faz mais sentido se o casamento for ao ar livre, no campo ou na praia. Se ajudar, elimine as daminhas do casório e vá só você com sua guirlanda ou tiara de flores. Não precisa ter cara de hippie-chic, pode ser mais arrumadinho também. Quem sabe uma guirlanda dourada de metal com flores de madre pérola ou porcelana, etc… Ares de deusa grega! Nada mais etéreo do que uma noiva com flores no cabelo como uma coroa.

Bolo de verdade:

Não falei cupcakes (que eu também adoro). Falei BOLO. Os bolos continuam lindos e imperativos nos casamentos. Seria ótimo ver muitas fotos de noivos cortando um bolo de verdade, e não só posando em frente a uma maquete. Hoje quase não se vê mais bolos de verdade, todo mundo já se acostumou com as maquetes. Sinceramente: se você sabe que é uma maquete, seus convidados sabem que é uma maquete, seu fotógrafo sabe que é uma maquete, as pessoas que vão ver seu álbum saberão que é uma maquete, então qual é o propósito de ter uma maquete de bolo??? Porque você não estará enganando ninguém, né? Então que tal se em 2011 apostássemos em bolos menores (alô, amantes dos bolos de 15 andares!), mais modestos e de verdade?

Casamento-família ou Fim do Casamento-balada:

Se eu escrevesse para algum blog influente de casamento e de repente escrevesse algo assim, provavelmente seria apedrejada após este post. Mas, como eu sou anônima na blogosfera, posso dizer que seria maravilhoso se os casamentos este ano fossem menos baladas e mais familiares. Nem venha me dizer que brasileiro é baladeiro mesmo, que os noivos e convidados adoram se jogar na pista até altas horas da madrugada e terminar a festa às 5 da manhã com a bateria da Portela e meia dúzia de mulatas semi-nuas rebolando para seus convidados… Sim, isso tudo eu já sei. Mas permita-me incorporar o espírito de Sandy e dizer que seria lindo se neste ano os casamentos fossem menores ou pelo menos mais íntimos, focados na família, com a intenção de celebrar o amor, e não a farra. Por mais que eu aprecie uma bebidinha, não consigo imaginar algo mais deselegante do que aquelas fotos em que os padrinhos e noivos aparecem na pista com o copo na mão, SEMPRE com o copo na mão! Isso quando não estão visivelmente (Oh no!) bêbados. Que haja música, que haja dança, mas que haja bem mais comunhão e menos Cláudia Leite gritando “extravasa”.

Crédito das fotos: 1. Gossiprocks.com / 2. Wrinkledintimephotography.com / 3. Luciana Cattani / 4. Allegrophotography.com

Enquete Nº 2!

 
Jennifer: a ex. Angelina: a atual. Brad: o de sempre, né?

Pergunta constrangedora (porque eu sempre me sinto com 15 anos quando pergunto essas coisas, mas…):

Quantas de vocês se sentem confortáveis com relação às ex-namoradas do amado? Quem lida bem com o assunto e quem não lida? Dicas sobre o assunto? Algum caso de ex que virou amiga? Ou, vou ainda mais longe: alguma noivinha vai convidar a ex do noivo pro casório? Vamos lá, conversinha de mulher!

E se de dia a gente briga…

…à noite a gente também briga!

Se você tem a sorte de ser uma noiva ultra zen, tranquila, do tipo que não se estressa nem se abala com nada, muito bem: Parabéns, você é uma rara e abençoda exceção! Então passe reto por este post e nem olhe pra trás. Este post não é pra você.

Este post é pra todas aquelas que, em meio a véu, convites e lembrancinhas, estão sentindo o Godzilla emergir do âmago do seu ser. Sim, Bridezilla, este post é para você.

Eu, infelizmente, não sou uma noiva zen. Aliás, nem uma pessoa zen eu sou, quanto mais uma noiva zen! Claro que a gente tenta, mas manter a calma e a cabeça no lugar quando se está sob imensa pressão pode ser missão impossível pra muitas noivas como eu por aí. Eu poderia escrever páginas e páginas sobre como ficamos insuportáveis e impossíveis de se conviver, mas o meu foco hoje é diferente. Quero falar daquela pessoa que, junto com a noiva, protagoniza esse filme: o noivo. Ele é o verdadeiro herói nessa história. Pense bem: ele luta com o Godzilla durante os 120 minutos do filme e ainda casa com o monstro no final para poder ficar de novo com sua donzela na lua-de-mel! Que Brad Pitt que nada, isso é que é herói!

Não estou dizendo que nós moçoilas sejamos as vilãs da história! Mas isso é fato: ninguém é mais “alvo fácil” do que o noivo, na hora de descontar o stress e pressão que sofremos com esse casório. Se você e seu noivo viviam num mar de rosas antes do noivado, é muito comum que depois de colocar o anel no dedo, as discussões, desentendimentos e brigas comecem a pipocar. Se vocês já eram um casal bom de briga antes do anel… bem, pode-se esperar brigas com proporções de guerra nuclear.

Conversando com algumas várias noivas, todas elas afirmaram que nunca tinham brigado tanto com seus respectivos como agora que estavam noivos. E eu também estou nessa, como não podia ser diferente. No início, fiquei até meio assustada. Mas depois de algumas conversas, a gente começa a aceitar que isso é comum e não é o fim do mundo. Afinal de contas, um casamento não é feito só de uma opinião, muito menos só da MINHA opinião! É normal que você noiva queira coisas diferentes do seu noivo e que haja discussão para chegar a um consenso. É normal também que ele não ligue pra um monte de coisas que você liga e esperava que ele ligasse também.

Encaremos a realidade: homens e mulheres lidam com o casamento de forma completamente diferente. Você pode ter sonhado com esse dia desde pequenininha, brincado de noiva e planejado cada mínimo detalhe em sua cabeça desde os quatro anos de idade (eu sonhei!). Conheço mocinhas que já tem até uma poupança pro casamento e algumas mantém desde muito cedo uma “caixinha do casamento”, com recortes de revista e idéias inspiracionais pro grande dia (eu tenho uma pasta no notebook!). Ou seja, em termos de casório, você menina domina o assunto. Definitivamente, casamento é o seu território. Agora, pergunte pro seu noivo se ele fazia isso quando pequeno. Nem mesmo depois dos 20 ele deve ter sonhado acordado com detalhes de uma recepção charmosa ao por-do-sol! É meio injusto que a gente queira que eles se envolvam em tudo quanto é degustação, reunião e planejamento. Mas é MUITO mais injusto vetar a participação deles quando a discussão envolve algo que realmente seja significante para o rapaz.

Planejamento de casamento é estressante mesmo. Esse duelo de vontades e opiniões pode ser extremamente desgastante. Você quer um casamento no campo, ele quer casar na igreja. Você quer música clássica na cerimônia, ele quer uma banda de rock. Você quer um mini-wedding, ele quer festejar com a torcida do flamengo. Chega a ser frustrante. E quando a coisa aperta, quando você começa a se sentir oprimida por não só a opinião do noivo, mas de um monte de familiares cheios de boas intenções (preciso dizer que de boas intenções o inferno está cheio?), você se segura pra não sair por aí “dizendo umas verdades”, mas acaba descontando em quem? No noivo, coitado. E lá vem mais discussão.

O meu noivo sempre consegue fazer nossas discussões sobre casamento virarem conversas. Claro que, antes de virar uma conversa, ela pode ter passado pelo estágio de “discussão feia” ou “briga daquelas”! E nem sempre as conversas terminam bem resolvidas. Mas eu acredito que, como casal, saímos de cada discussão mais fortificados e mais seguros. Não se sinta mal por não conseguir levar o planejamento na mais perfeita calma. Mas tente ser compreensiva com seu noivo e peça pra que ele tenha compreensão-extra com você! Tente se lembrar de que o noivo nada mais é do que uma noiva, só que homem. O noivo não é mais especial que a noiva, muito menos seria MENOS especial que a noiva! Noivas não são “a estrela da festa”. Mais bonitas? Sim! Mais importantes? Não. Portanto não use isso como argumento numa discussão, bem como não use o fato do casamento ser território de seu domínio como argumento para sempre conseguir as coisas do seu jeito. Eu sei que eu não posso usar. E também sei que, se conselho fosse bom, não seria dado. Mas alguns conselhos não são bem conselhos, são como troca de experiência. E com a experiência do outro sempre se pode aprender, né? Tire as luvas de boxe, tome um suquinho de maracujá e brigue saudavelmente com seu noivo, sem perspectivas de nocaute.

Para manter a sanidade mental

Muitos amigos meus dizem que mulheres competem muito entre si. Depois de alguns minutos me sentindo ofendida, eu comecei a pensar que tem verdade nisso que eles dizem. Eu não vou negar que somos SIM competitivas, a começar pelo que enxergo em mim.

Como eu tenho que lidar constantemente com meu lado competitivo em algumas áreas e me policiar para que isso não se torne algo prejudicial a mim e aos que me rodeiam, me questiono muito sobre o assunto. E, quando a tal competição chega aos casamentos, ela não se faz de rogado: é explícita.

Eu não pude evitar me perguntar: mas POR QUE nós temos que ganhar sempre? Por que temos que nos certificar sempre de que estamos fazendo igual ou melhor do que os outros? Por que temos que ser melhores que uns e outros? Se fulana fez um festão pra 500 convidados, você começa a se perguntar se não está restringindo demais a sua lista. Ciclana usou um vestido com 5 metros de cauda e todo mundo falou que estava uma princesa, aí você começa a questionar o tamanho da cauda do seu vestido. Ou pensa em embutir uma, porque você não escolheu um vestido com cauda (pois antes nem gostava!).

Os casamentos viraram verdadeiras competições, seja pra ostentar, seja pra mostrar quem tem o lado criativo mais aguçado, quem é a verdadeira Deusa do DIY (do-it-yourself = faça-você-mesma). Se você tem grana, quer fazer A FESTA, aquela que será lembrada por todas colunas sociais e bridal blogs da alta como um evento de puro glamour e bom gosto. Se não tem grana, quer fazer A FESTA também, aquela que será lembrada por todos os bridal blogs mais “indies” que exaltam a noiva habilidosa, criativa e pouco materialista. Ou seja, não há escolha. A expectativa de todos, inclusive a nossa, é que o casamento seja um evento social surpreendente. De preferência, mais surpreendente do que o da fulana e ciclana que casaram antes de você.

Vou exemplificar: Eu estava tentando parar de contar os detalhes do meu casório. Chegou um momento em que simplesmente comecei a ficar com medo de roubarem minhas idéias (Acredite, acontece!). Afinal de contas, eu gastei muitas horinhas e neurônios pra bolar detalhes surpreendentes pro meu casório, que eu quero que seja o melhor de todos (pelo menos do meu ponto de vista). Mas essa minha tentativa é falha e, obviamente, não vai dar certo.

Ora, eu não sou a última noiva do mundo a casar (Deus me livre e guarde!)! Ou seja, a não ser que meu noivo resolva me enrolar infinitamente, sempre haverá uma outra noiva pra casar depois de mim. E depois de você também. Isso significa que não adianta se esforçar em fazer segredo para seu casamento ser o mais original e inovador do mundo. Depois que inovou, sempre haverá alguém pra copiar. Claro, eu continuo defendendo a idéia de que um casamento original e diferente é sempre muito bom! Mas eu defendo, principalmente, que um casamento que é a SUA CARA é muito melhor. E, às vezes, o que é a nossa cara também é a cara da fulana e da ciclana. Acontece. E essa competição pela exclusividade também tem que acabar. Se você, como eu, se considera uma noiva criativa (no blog da Geo tem alguns posts que falam sobre isso), tente relaxar. Você pode até se gabar de não se estressar nada quanto ao vestido ou às havaianas personalizadas (que provavelmente você acha uó como eu! hehehe), mas precisa ficar muito zen pra não transformar o casório numa corrida pela inovação!

Não competir, e fazer tudo para não se deixar levar por esses sentimentos, é uma estratégia sagaz para manter a sanidade mental. Depois de alguns meses planejando o casamento nesse ritmo de “competição de escola de samba do Carnaval do Rio”, a gente começa a perder o foco principal e as prioridades ficam tão pequenas que vão escapulindo por entre os dedos feito grão de areia. Falo isso por experiência própria: Pegue seu lado competitivo, amarre-o e tranque-o no armário! E se ele for muito aguçado e quiser escapar o tempo todo, comece a treinar pra correr (e ganhar!) a São Silvestre ou coisa assim. Duvido que ele não se canse! 😉

Auto-convite

“Vocês vão casar?!! Ah, mal posso esperar pra ver você de noiva! Me manda o convite, hein?” Você que está noiva (ou noivo) com certeza já ouviu algo do gênero. Falar sobre o auto-convite, ou seja, sobre aquela pessoa que se convida pro casório, é bem complicado, na verdade. E é complicado porque acontece nas melhores famílias, envolvendo pessoas bacanas (ou não) de ambos os lados da história.

Quando eu fiquei noiva, deu aquela vontade de sair gritando pro mundo inteiro sobre a minha nova condição! Às vezes a gente consegue segurar o impulso de publicar um milhão de fotos das alianças e do noivado no Orkut, Facebook e o escambal (farofadas à parte), mas nem sempre dá pra se segurar e a gente acaba espalhando a notícia pra qualquer um. Sério, a felicidade deixa a gente meio desregulado. Cuide para não espalhar pela vizinhança, porque mesmo sendo a rainha da discrição sobre o assunto, seu sonho de um casamento menor e mais íntimo (o que é meu caso) pode sair pela culatra. É o verdadeiro tiro no pé, pois afinal de contas, foi você quem espalhou a notícia.

Como lidar com auto-convites? Eu já li vários textos em blogs para noivas, e confesso que mesmo absorvendo cada letrinha e tentando adapta-las à minha realidade, eu continuo passando pelo mesmo problema, vez após vez. Estou começando a chegar à conclusão de que o auto-convite não tem solução! Se alguém souber de uma maneira fina e educada de dispensar o autor do auto-convite, por favor, me avise.

O fato é que isso acontece mesmo nas melhores famílias. Pode ser que muita gente descarada que nem faz parte da sua vida se convide só pra festejar. Vamos ser francos, tem gente que não perde uma boca livre. Mas nem sempre quem se auto-convida é uma pessoa completamente sem-noção. Algumas vezes o auto-convite parte de alguém querido de verdade, alguém de quem você gosta e que gosta de você e simplesmente quer te ver casar ou acredita que com certeza você vai convidá-lo. É legal se sentir querido, mas isso geralmente gera uma culpa tão grande na gente que acabamos convidando o fulano que gosta de nós só por causa disso, pra não chateá-lo.

Eu NÃO acho que devemos convidar TODO mundo que conhecemos e gostamos pro nosso casamento. Se você quer e pode, a prerrogativa é sua de convidar ou não. Mas eu convido você a ver as coisas por outro lado. Eu defendo uma perspectiva mais íntima do que é casar. Claro que você quer declarar seu amor perante Deus e os homens. Mas quem estipulou que precisa ser tanta gente? É pra declarar seu amor perante Deus e os homens, não TODOS os homens que você conhece! Casar é algo muito especial, é cerimônia, é celebração e é comunhão. Eu ficaria muito feliz se as pessoas começassem a enxergar o casamento menos como “o evento/boca livre/balada do ano” e mais como este rito de passagem especial que ele é. Se as pessoas realmente entendessem a delicadeza de um momento desse, não forçariam tanto a barra, nem fariam bico por não serem convidadas. Se o costume fosse dos casamentos serem somente cerimônias, sem festa, quero ver quantos auto-convites pipocariam por aí.

Eu comecei a pensar dessa forma quando uns amigos queridos casaram. Eles eram chegados, então quando foram levar o convite lá em casa, conversamos muito sobre como estava sendo a preparação pro casório. Se você está noiva, sabe que casar, além de especial, é CARO. E foi isso que essa noiva amiga minha colocou pra mim quando eu perguntei. Ela disse que geralmente as pessoas não fazem idéia de como todo e qualquer detalhe de um casamento custa um dinheiro que, muitas vezes, se luta muito pra pagar. Tudo é caro e, quanto mais gente, mais dinheiro. Não importa se você vai fazer um simples bolo & champagne, algum dinheiro você vai ter que jogar na mesa. É uma insensibilidade muito grande dos convidados não se colocarem no lugar dos noivos (ou familiares dos noivos, no caso de você ter a facilidade de ter familiares pra bancar o casório) e não respeitarem o direito deles de ter a opção de fazer algo bom e de bom gosto para menos pessoas, do que ter que fazer algo “mais ou menos” pra uma multidão.

Sim, casar é muito especial e não merece passar em branco. Eu concordo. Mas é muito injusto ter que convidar pessoas por pura culpa de deixá-las chateadas. Depois disso eu comecei a me policiar pra nunca deixar uma noiva ou noivo desconfortáveis com o fato de não quererem ou não poderem me convidar pro seu casamento, independente de sermos íntimos, parentes ou não. Isso não deveria afetar o relacionamento de ninguém. Eles não estão me excluindo da vida delas, e é isso que precisamos entender. Sem falar que eu posso contar nos dedos as pessoas que participam de verdade do nosso relacionamento. As pessoas que nos dão verdadeiro apoio são menos ainda.

Não convidar alguém pro casamento não significa não gostar ou considerar essa pessoa! Assim como convidar também não significa que você é mais importante pros noivos! Às vezes você tem que convidar certas pessoas por conta de laços sanguíneos, mas não significa que elas são mais importantes que outras. As pessoas aqui no Brasil costumam fazer um estardalhaço muito grande por conta desse tema e muito freqüentemente acusam os noivos de insensibilidade quando são eles que acabam sendo os mais insensíveis da história. Com o perdão do desabafo, mas o auto-convite, juntamente com toda a elaboração da lista de convidados, os convites por obrigação e similares, são um verdadeiro tormento pra uma noiva. O tipo de coisa que faz você entender porque tanta gente prefere continuar com o estado civil inalterado.

Prioridades

Por que nossas prioridades mudam tanto depois que começamos a planejar um casamento?

Antes de ficar noiva oficialmente, eu tinha as minhas prioridades com relação ao casório:

1) Contratar um fotógrafo MA-RA-VI-LHO-SO. (Sim, esse maravilhoso tem que ser falado assim bem gay, senão a ênfase não funciona!)

2) Casar ao ar livre, durante o dia.

3) Os convites teriam que ser modernos e totalmente diferentes de qualquer coisa que eu já vi.

Basicamente, essas eram algumas das prioridades, o que eu considerava realmente importante, impossível de se abrir mão. Todo o resto seria adaptável e até mesmo algo poderia ser descartado ao longo do caminho.

Cá estou eu, quase dois meses depois do noivado, e já revendo várias das minhas prioridades. Antes eu tinha três, e agora parece que já tenho itens suficientes pra contar nos dedos dos pés e das mãos! Como uma cena saída do filme Sex and the City, entendo exatamente o que a Carrie quis dizer quando disse que deixou que o casamento ficasse maior do que o próprio relacionamento. Como de um conjuntinho sem grife a um luxuoso Vivienne Westwood, as prioridades de uma noiva podem mudar num passe de mágica. Para isso, basta que ela encontre opções.

De repente, comecei a me importar com coisas que antes não faziam tanta diferença, como o tipo de cadeiras da cerimônia. Se eu bem me lembro, antes eu não dava a mínima se todos tivessem que sentar naquelas cadeiras de plástico de jardim. Agora meu coração se parte quando penso em optar entre cadeiras Tiffany (ou Chiavari) ou de ferro! Sem falar que depois que conheci videomakers maravilhosos (lá vou eu de novo declarar minha paixão e tietagem pelo StillMotion!), comecei a querer um videomaker maravilhoso também. E olha que antes cheguei a cogitar nem ter filmagem do casório. Acredito que muitas noivas também já cogitaram isso, considerando a quantidade de vídeos BREGAS, de péssima qualidade e mal editados que vemos por aí. Quando você começa a ver coisas lindas, fica difícil não começar a pensar que aquilo é sim um item de extrema prioridade.

Mas não é. Tá, o vídeo é importante e talvez seja sua única chance de assistir o cortejo. Beleza, então o vídeo pode sim ser considerado um item prioritário. Mas e o resto? As havaianas pra pista de dança (Aaaargh!), os pacotinhos de lenços “Lágrimas de Alegria” (sim, isso existe!), os bem-casados, as cadeiras Tiffany, garrafinhas de água personalizada com a foto dos noivos (huahauhau! É sério!) etc… Não deixe que te digam que isso é uma prioridade, se pra você nunca foi. Não deixe que te digam que você TEM QUE TER certas coisas só porque a maioria dos casórios tem, mesmo que essa coisa seja um vestido branco ou um bolo de 3 andares (nem todo mundo gosta de bolo!). Mantenha-se fiel à si mesmo e mantenha-se fiel às suas prioridades, analisando sempre com muito bom-senso novas adições à lista de prioridades. O que você realmente TEM QUE TER é um casamento do jeito que você sonhou. Essa é a prioridade. Você sonhou com um casamento na praia com cadeiras Tiffany? Maravilha! Se você sonhou em casar numa igreja de manhã e depois tomar aquele brunch sensacional com a família, maravilha também! Se você sonhou em casar de vestido azul, corra atrás do seu sonho! Se você quer casar em Las Vegas numa cerimônia feita pelo Elvis, bom… é seu sonho, então vai lá!

Quando eu começo a ficar insana com as coisas que os outros acham que eu tenho que fazer com relação ao casório, converso com meu noivo maravilhoso e rapidinho ele me ajuda a enxergar claramente tudo de novo e põe meus pés no chão. Casar exige muitas habilidades diplomáticas. Você tem que saber lidar com todas as opiniões alheias sobre esse evento que é, em realidade, sobre vocês dois. Claro, é um dia pra se compartilhar com muita gente, mas é sobre vocês dois. Não pode ser um evento egoísta, mas não pode ser um evento sobre 500 pessoas. O reflexo que temos que enxergar nesse dia é o reflexo do casal, e não o dos 250 convidados.  O difícil é que poucos familiares conseguem respeitar esses limites. E mais difícil ainda é lidar com todos os “intrometidos” com a finesse de uma lady. Tem hora que estamos mais pra lady Gaga!

Enfim, uma dica pra manter as prioridades no lugar e os pés no chão que aprendi depois de muito tempo lendo sites de noivas, revistas de noivas, blogs de noivas, e etc: Escreva junto com seu amado suas prioridades num papel. Escreva realmente TUDO aquilo que não pode faltar, assim que vocês começarem a pensar em casamento. E deixe-as num lugar visível, pra que sempre que você começar a se sentir oprimida por opiniões alheias, blogs de casamento, revistas de noiva pouco realistas ou o que for, isso te ajude a se lembrar daquilo que realmente era importante no princípio. Pode até ser que ao final do planejamento algumas coisas que eram prioridade nem sejam mais. Fato é que a gente vai ficando mais desapegada com o tempo, entendendo que, no fim das contas, a sua maior prioridade sempre foi (e sempre será) ser a esposa.

De volta de novo!

Não vou mentir: pensei em fechar o blog. Abandonado já estava mesmo. Meu último post foi um ensaio de retorno, mas acabou que ficou só no ensaio. Vamos encarar esse meu vácuo bloguístico como um ano sabático que eu tirei pra resolver a vida. Ou quase.

Faz quase um ano que não escrevo por aqui. Muita coisa aconteceu. De Lady Gaga a Jesus Luz até o novo álbum da Mariah Carey e suas péssimas (e freqüentes) escolhas no guarda-roupa. Muita coisa pra comentar. Mas a única novidade que me passa pela cabeça é a mais narcisista possível: estou noiva!!!

Yes, colegas. Me agarraram pelo dedo. Confesso que isso foi um super “turn on” pra voltar pro blog. Ameacei abrir um novo. Mas, fala sério, pra quê? Esse bloguinho véio de guerra sempre me rendeu bom número de visitas e comentários. Deu saudades daqui. Mas preparem-se, porque vai ter muito mais bridal a partir de agora. É um aviso camarada do tipo “corra que a noiva vem aí”.

Meu noivado vai durar pouco mais de um ano. Pra alguém tão complicada e procrastinadora como eu, esse tempo fica bem em cima da linha do aceitável e do desesperador. Não passa um dia sem que eu me olhe no espelho e enxergue uma Bridezilla aflorando. Mas esse é o tipo de coisa que vem e vai, e geralmente piora a cada 28 dias. Acho que essa tensão constante, o suspense do tipo “será que ela vai conseguir mesmo planejar esse casamento?” pode render bons posts na minha caminhada rumo ao altar. E o pior é que eu não sei mesmo se vou conseguir fazer tudo do jeito que eu quero, quanto menos do jeito que eu sonhei. Talvez você do outro lado do computador se identifique com a minha saga. Talvez até tenha conselhos pra me dar. Só resta então acompanhar o blog pra ver no que vai dar.

Camelo & Inocência

Eu sempre me considerei uma pessoa de cabeça aberta, moderna, com alguns princípios tradicionais, porém nunca retrógrada. E hoje dei de cara com uma notícia que me fez rever meus conceitos:

Mallu Magalhães e Marcelo Camelo assumem namoro

mallucamelo Claro, eu concordo que o amor não tem idade. Mas pera aí! Pra começo de conversa, o ex-Los Hermanos com essa super barba tipo “simpatizo com o Bin Laden” só faz ressaltar mais seus 30 anos na cara. E eu sempre achei que os caras fizessem um som maduro (tirando o hit Ana Júlia), pelo menos meus amigos que curtem Los Hermanos são sempre aqueles perto dos trinta, inteligentes e maduros. Aí vem o líder da banda e assume um namoro com a Mallu Magalhães, de 15 aninhos, considerada um prodígio pela sua POUCA IDADE, que ainda gosta de colorir e fala coisas dignas de minhas primas de 12 anos de idade. Nada contra Mallu, ela é uma gracinha, mas isso é muito… estranho. Ainda se ela fosse aquele tipo de adolescente super desenvolvido fisicamente que eu vejo pelos colégios de hoje em dia (todas com peitão, bundão e cara de 20), eu até conseguiria entender melhor. Mas não! A Mallu tem aquela carinha e jeitinho infantil característico. Se isso é atraente pra um homem de trinta, então eu só tenho uma coisa a dizer: ECA! Isso fede a pedofilia, infelizmente.

Maaaas… como o mundo já tá de cabeça pra baixo mesmo… aposto que tem fã que vai adorar! Hehehe…

Quando o amor faz o estilo

É até comum que queiramos fazer todos os gostos do amado quando estamos apaixonadas, né? A gente veste a roupa que eles gostam, da cor que eles gostam mais… E, com o tempo, o convívio nos torna mais próximos em gostos e até mesmo um pouco parecidos fisicamente. Mas tem casal que vive a coisa mais… digamos… intensamente. É tanto amor (ou coisa parecida) que algumas namoradas chegam a anular seu próprio estilo e viram a versão feminina do amado.

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Evan Rachel Woods antes de Marilyn Manson cruzar seu caminho.

Por exemplo, se você é a namorada do Marilyn Manson, pode ir esquecendo aquele fim de ano pegando um bronze numa praia de Cabo Frio. O negócio é adotar o bronzeado pálido do cantor, pintar o cabelo de preto como o cantor e começar a vestir preto… como o cantor! A atriz Evan Rachel Wood, de apenas 21 aninhos desistiu de seu look loirinha para aderir ao mesmíssimo estilo burlesco-das-trevas de Dita Von Teese, também ex de Marilyn Manson. Cada louco com sua mania, né? Medo.

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Um doce pra quem acertar quem é a Evan e quem é a Dita.

Nesse clima de vestir-se para o amor, Paris Hilton também começou a andar à imagem e semelhança do amado. Desde que começou a namorar Benji Madden, da banda de rock Good Charlotte, Paris começou a adotar peças mais grunge e com um certo rock feeling em seu guarda-roupa. Ela, que sempre foi famosa por seu estilo glamuroso over a qualquer hora do dia, agora desfila pelas ruas fazendo compras com o namorado roqueiro em looks que com certeza poderiam ser usados pela dumpster dressing Mary Kate Olsen. Agora, se essa mudança é boa ou não, aí paira a pergunta no ar…

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A vida era mais glamurosa e charmosa quando Paris saía às compras usando lindamente um vestidinho Missoni ou um longo branco esvoaçante. Chic!

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Agora ela sai assim, pra não destoar do amado…

High & Low

O meu high & low não vai ter nada a ver com combinar peças de grife com peças baratinhas. No, sir! O meu high & low é uma listinha de in’s e out’s que deu vontade de fazer. E não, não a chamarei de In & Out, parece nome de seçãozinha de revista feminina…

High!

1. Lançamento de Sex & The City em DVD.

2. Estréia de 90210 (achei digno!)

Low!

1. Tentativa de desativar a comunidade “Discografias” do Orkut.

2. Madonna ressucitando o sapato-revólver da Chanel. (One word: Afff!)

A beatlemania dos nossos tempos

Fazendo (ou pelo menos tentando fazer) uma faxina em minhas comunidades do Orkut, comecei a procurar algumas que refletissem meus interesses mais recentes. Achei a comunidade da Farm Rio, a marca carioca mais queridinha do momento. Imediatamente após me juntar ao grupo das fãs da marca lá, já notei uma atualização recente. Dez minutos depois, outra. Era, de longe, a comunidade mais movimentada da minha lista. Fiquei impressionada com essa movimentação e comecei a realmente abrir os posts no fórum pra saber sobre o que essas fãs de Farm estão conversando tanto. Claro que as conversas não seriam muito diferentes de “procuro peça tal da coleção tal” e “alguém sabe quando chega a peça tal?” ou ainda sobre algumas questões referentes à atendimento, preços, etc.

O interessante é que são consumidoras extremamente antenadas e com um foco bastante preciso. E a mobilização das informações sobre a Farm entre elas é fantástica! Saber os quando, quanto, como e onde da Farm Rio se tornou uma questão quase religiosa, as discussões ficam super acaloradas vez ou outra e algumas podem até descer do salto pra trocar umas bifas virtuais com outras mocinhas. Claro que nossa geração vive tempos de consumismo exacerbado, isso estamos todos carecas de saber, mas eu não imaginava que tinha TANTA gente interessada em conversar TANTO ASSIM sobre seus hábitos de consumo preferidos. De fato, lá estava eu, procurando mais informações sobre uma marca que adoro. Mas é quase natural, quando essa é minha área de formação. Mas a diferença é que quem alimenta e faz girar as engrenagens daquela comunidade no Orkut são consumidoras apaixonadas, pura e simplesmente. São elas que querem falar da coisa, sofrer por antecipação com a espera de uma nova coleção, etc. A moda é a beatlemania dos nossos tempos. Consumir é a beatlemania dos nossos tempos. Nossos ídolos são peças penduradas em cabides ou em modelos atravessando uma passarela. E é isso. Uns são fãs do NX Zero, outras do Justin Timberlake, outros da Sandy e outros da Farm. Ou da Chanel. Ou da Stella McCartney. Ou whatever. Ficamos histéricas por roupas, sapatos, bolsas… Eu mesma quase não consigo me controlar ao ver um Mary Jane reluzente numa vitrine. Vícios? Pois é, salve-se quem puder.

PS.: A minha sorte dada pelo oráculo do Orkut hoje: “Você vai ganhar roupas novas.”  Por favor, tem como ser da Farm, seu Oráculo?